Lesoes no ombro
Pós – Graduado em Musculação e Treinamento de Força – UGF (Brasília)
Roberto Simão
Mestre em Educação Física – UGF
Professor da graduação e Pós Graduação da UGF (Universidade Gama Filho)
LESÃO DO OMBRO
INTRODUÇÃO
Com o intuito de nortear os profissionais de educação física e outros sobre a importância dos achados clínicos das lesões do ombro mais comuns relacionadas a prática esportiva, faz-se necessária uma revisão literária sobre as condutas mais assertivas na identificação e tratamento destas lesões.
O profissional de Educação Física necessita compreender a anatomia funcional e os mecanismos anátomo-fisiopatológicos dessa articulação, buscando não somente o tratamento, mas a prevenção.
O objetivo do presente texto é alertar os profissionais para as lesões tão freqüentes, porém pouco mencionadas não esgotando o assunto, mas sim, instigá-los à busca constante pela informação científica.
ANATOMIA DO OMBRO
A cintura escapular que compreende a escápula e clavícula agregado ao úmero e manúbrio do externo, constituem o “ombro”, uma articulação complexa constituída por 5 articulações separadas, sendo estas, a glenoumeral, a esternoclavicular, a acromioclavicular, a coracoclavicular, e a escapulotorácica. Cada uma das 5 articulações possui amplitudes e movimentos específicos, sendo limitados por suas estruturas ósseas, ligamentares, capsulares, tendões e músculos. Este complexo articular trabalhando sincronicamente, permite aos membros superiores (MS) grandes amplitudes de movimentos (ADM), sendo no corpo humano a articulação de maior mobilidade (Ghorayeb et al; 1999, p. 136; Hall, 2000, pp. 134-135).
Esta coordenação entre a escápula e o úmero é denominado ritmo escapuloumeral (Hall, 2000; Hirschfeld, 1990).
Na cintura escapular, a articulação glenoumeral também chamada de escapuloumeral é considerada como a principal deste complexo de 5 articulações, sendo classificada como articulação sinovial, tipo