Lesoes do ombro
Introdução
Lesões de ombro são muito frequentes no tênis, porém quando estas lesões acontecem em atletas com mais de 40 anos elas podem até mesmo fazer com que este pare de jogar tênis. Para isto, uma adequada avaliação médica é necessária, para que se possa prevenir o aparecimento de lesões. Devemos diferenciar muito bem o que é dor e o que é lesão. A dor pode até ser um facto aceitável, depois de jogar muito, quando forçou demais o serviço, ou está a jogar com alguma raquete nova e ainda não está acostumado com ela. O problema é quando a dor gera lesões estruturais no seu tendão ou cartilagem, aí pode ficar complicado jogar.
As lesões mais frequentes do ombro do tenista são as tendinites de manguito rotador. O manguito é um grupo de 4 músculos, que seguram o ombro e mantém a sua estabilidade, para que ele possa fazer as suas funções no desporto. O ombro, por não ter uma estabilidade óssea adequada, necessita destes músculos funcionando bem para jogar tênis sem dor.
O mecanismo de ação de sobrecarga nos desportos de lançamento tem sido extensivamente estudado. Este movimento é natural e altamente dinâmico, muitas vezes excedendo os limites fisiológicos da articulação. Devido à sobrecarga anatómica de várias estruturas, o ombro é suscetível a lesões.
Aspetos biomecânicos
Para compreender a função do ombro no serviço de ténis é importante analisar todos os aspetos que contribuem para esta ação, incluindo a cadeia cinética, função escapular, e os estabilizadores do ombro.
Teoria da cadeia cinética
Durante o serviço, o ombro faz parte de uma cadeia de força cinética, em que o organismo é considerado como um sistema de ligação de segmentos articulados, em que cada parte contribui para a energia final necessária para bater a bola (fig. 2).
Todos os segmentos (perna, quadril, tronco, ombro, cotovelo e punho) da cadeia cinética têm que estar em perfeita forma para ser capaz de criar um nível de energia