Lesão por esforço repetitivo- ler
As lesões ósteo-musculares dos membros superiores por esforços repetitivos atribuídas ao trabalho (LER) são hoje a mais freqüente das doenças do trabalho nos países precoce ou tardiamente industrializados. As LER são um modo de adoecimento emblemático, revelador das contradições e da patogenicidade social desse novo ciclo de desenvolvimento e crise do modo de produção capitalista. Discutindo essa dimensão social e histórica maior, insiste em que a baixa eficácia das intervenções técnicas no âmbito da engenharia, da ergonomia ou da Medicina para a prevenção, diagnóstico e tratamento adequados e precoces dessa doença da pós-modernidade e as dificuldades de reinserção dos adoecidos ou ex-adoecidos no trabalho refletem, justamente, essa determinação mais abrangente, externa ao trabalho senso estrito, porque a apropriacão, a incorporação e uso das inovações tecnológicas e as novas formas de administração do trabalho se fazem no interesse exclusivo do capital. Com isso, um contingente cada vez maior de trabalhadores jovens, a maioria do gênero feminino, das mais diferentes categorias estão perdendo ou ameaçados de perder a saúde e a capacidade de trabalho, bens públicos essenciais e intimamente relacionados. A saída para resolver a questão LER deve ser política e coletiva.
LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO
LER (ou L.E.R.) é a abreviatura de Lesão por Esforço Repetitivo. O termo LER refere-se a um conjunto de doenças que atingem principalmente os membros superiores, atacam músculos, nervos e tendões provocando irritações e inflamação dos mesmos. Também é conhecido por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo) e por D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), mas na realidade entre todos estes nomes talvez o mais correto tecnicamente seria o de Síndrome da Dor Regional. Contudo, como o nome L.E.R. se tornou comum e até popular, esta é a denominação adotada no Brasil, e representa exatamente o que se trata