Em Portugal continental, h uma lesma fotossinttica, da espcie - a Elysia viridis e uma alga que atinge cinco centmetros de altura ( dos maiores seres unicelulares), os maiores exemplares da lesma tm apenas um de comprimento. Portanto, a lesma tem a vida facilitada quando come a alga em vez de ter de abrir diversos buracos, para retirar o contedo de inmeras clulas, s precisa de o fazer uma vez para sugar a parte onde se encontram os cloroplastos. Como uma clula gigante, consegue ter acesso a todo o seu contedo de uma s vez. Os cloroplastos ingeridos pela lesma passam depois pelo seu ramificado intestino sem serem digeridos e mantm-se funcionais nas suas clulas. Estes animais conseguem no s pr os cloroplastos dentro das suas clulas, o que j impressionante, como p-los a funcionar. Nas plantas, os cloroplastos esto sob o comando de genes que se encontram no ncleo das clulas vegetais. Mas, uma vez ingeridos pelas lesmas, como que so postos a trabalhar O mistrio foi esclarecido de vez em 2008, por uma equipa norte-americana, que encontrou genes do ncleo celular de uma alga dentro do ncleo das clulas de uma lesma-do-mar. Afinal, ao longo da evoluo, alguns genes do ncleo celular das algas tinham sido transferidos para o das lesmas. Este tipo de transferncia de genes j era conhecido entre bactrias, mas no entre um animal e uma planta. por esta razo que as lesmas-do-mar so nicas entre os animais, e no por fazerem fotossntese. Embora seja raro, conhecem-se outros animais fotossintticos, como certos corais, que vivem associados a uma microalga (tambm unicelular). A diferena que esses corais introduzem no seu interior a alga inteira, e no apenas os cloroplastos. O que nico neste grupo de lesmas-do-mar que apenas incorporam os cloroplastos nas suas clulas. E, para funcionarem, tm de ter informao vinda do ncleo do animal, pois deixaram de ter o ncleo da alga. Isso que nico. Prolongamentos da pele da lesma podem abrir ou fechar consoante a quantidade de luz ambiente.