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Atualmente vivemos em um tempo que pensar se tornou um esforço um tanto quanto desnecessário e que nos acomodamos com o fato de vivermos sentados de forma passiva. Este é o principal ponto em que Norval Baitello Junior, docente da PUC-SP, tenta decifrar no livro O Pensamento sentado – Sobre glúteos, cadeiras e imagens. O ponto central tratado no livro de Norval Baitello – O Pensamento sentado – Sobre glúteos, cadeiras e imagens, é o natural comodismo humano que assim como dito por Baitello, somos nômades que deixamos nossos corpos nos depósitos de corpos, as cadeiras. Trocamos as reais experiências, o toque, o verdadeiro sentir por experiências bidimensionais de caminhar plano e seguro. Trocamos o incerto pelo previsível, tornamos o universo totalmente controlável onde antecipamos o futuro, sabendo antecipadamente sobre as chuvas, tempestades tornados e etc. Domesticamos o universo e hoje qualquer um pode visitar a Torre Eiffel direto da tela do seu super computador conectado a internet. É notável esse comodismo e paaralização de pensamento quando em pesquisa realizada o sociólogo do corpo e originalmente professor de educação física e dança, Dietmar Kamper, em palestra proferida no Brasil, declarou que para cada habitante há quatro cadeiras, ou seja, somos sete bilhões de habitantes num mundo com 28 bilhões de cadeiras. Isso é uma situação clara do que Baitello chama de flâneur, que observa o mundo lá fora pelo vouyeur, que tem a necessidade de olhar sem agir, olhar através das janelas que não levam ao outro, o olhar sentado. Nos dias atuais os retângulos são uma das formas de domesticar nossos olhos. Segundo o jornalista Harry Pross, as janelas nas nossas casas, páginas de livros, cadernos, Televisões, telas de computadores, tudo tem este formato, o que acaba domesticando nossos olhos a querer enxergar somente através desses retângulos para tentar ver ao nosso redor. Dessa forma o ser humano acaba por ficar dependente de suas janelas domesticas o que