Leque das ausências

Desconstruindo o “leque das ausências”
Criada pelos europeus a teoria do leque das ausências, fala de como uma determinada civilização inferioriza outra, laçando a grande questão, esses que acabaram de serem descobertos pertencem à humanidade? Pois estes são povos sem religião, sem cultura, sem política, sem moral, ou seja, sem nada. Essa teoria é plenamente desconstruída nos parâmetros do filme Apocalypto, onde sua história se passa em meados do século XVI.
A história começa com a caçada voraz do povo Maia, a uma tribo indígena da região. Os Maias as margens de uma crise, com escassez de água, comida, plantações morrendo, e doenças afetando a sua comunidade, se veem a ter uma única solução, praticar um ritual de sacrifício para seu “Deus” que iria salva-los de sucumbir. Então, esse é o objetivo dos Maias, para com a tribo atacada, servirem de sacrifício para o seu “Deus”, cumprindo assim parte de sua cultura, os rituais religiosos.
Mostrando que na verdade o leque das ausências é uma forma de se recusar a conhecer e respeitar a cultura do próximo, pois como é passado no filme, a tribo tem sim sua cultura, religião, objetivo, moral, lei, escrita, Estado, consciência, razão, objetivo, arte, passado e futuro assim como toda civilização. Quando lançamos através da antropologia um olhar de respeito desconstruímos assim esses aspectos e vimos que esses povos demonstram sua arte através dos adereços e pinturas usados no corpo, sua religião que vem sendo trazida pelos anciões, a lei patriarcal que liderava os demais integrantes, o seu passado através da linguagem passada com a tradição histórica, futuro através das novas gerações e o estado que era organizado de forma que cada um possuía o seu papel, existindo assim uma hierarquia regrada por leis e sanções. Como diz a teoria de Las Casas: “São bárbaros e organizam-se super bem e com uma ordem política que, em alguns reinos é melhor que a nossa”.
No fim do filme observamos a chegada dos portugueses vendo assim que