lepra na idade média

1916 palavras 8 páginas
Durante a Idade Média a Igreja Católica perseguiu e incentivou a população a fazer o mesmo com os leprosos. A doença, que até então não possuía tratamento, provocava deformações físicas que causavam asco e medo na população. A lepra foi envolvida em série de mitos, a cerca de suas formas de contágio e do perigo que os doentes apresentavam para os sadios. O medo da população e a vontade da Igreja de manter a sociedade livre dos leprosos fizeram estes doentes serem segregados e confinados em leprosário. A doença era associada à perversão sexual, o Antigo Testamento afirma que as doenças de pele são pecados que afloram, portanto além do perigo do contágio físico havia o perigo do contágio moral.
Diversas leis foram criadas com a idéia de garantir a segurança da população sadia, o regulamento dos leprosários era repleto de tentativas de mantê-los o mais longe possível do resto da sociedade. Também leis municipais foram criadas, em 1404 e novamente em 1413 Carlos VI ordenou que os leprosos ficassem fora de Paris. O preboste de Paris emitiu ordens proibindo os leprosos de entrarem na cidade em 1388, 1402, 1403, 1488 e 1502. Estas evidências tornam claro que nem todos os leprosos estavam confinados á leprosários, e muitos vagavam livremente pela cidade, para incômodo da população, da Igreja, das autoridades municipais e da coroa.
No século XIV, houve uma diminuição da perseguição a esses doentes. Ao que tudo indica, a Igreja voltou-se mais para perseguir judeus, bruxas e hereges.
Este trabalho foi elaborado para a disciplina de História Medieval, sob supervisão do professor Adriano Larentes, sendo apresentado para a turma da terceira fase do primeiro semestre de 2004, e a pedido do professor, será apresentado também para a turma da terceira fase do segundo semestre.
Para a elaboração do trabalho foram utilizados livros recentes que tratam de minorias e doenças na idade média, alguns indicados pela professora Renata Palandri Sigolo Sell, do laboratório de História

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