leocadio
Para criticar a violência do homem, o norte-americano Shel Silverstein criou neste seu primeiro livro infantil uma fábula com o mais feroz dos animais: o leão. Ironicamente, o protagonista é um jovem leão inofensivo, que tenta até fazer amizade com seu caçador. Em vão: o caçador não desiste de atirar e o leão se vê obrigado a devorá-lo. É o início da saga de "Leocádio, o Grande" que, munido da arma do caçador, se torna um exímio atirador, a ponto de ser convidado para trabalhar no circo.
Contrariando a regra de que livros para crianças devem abordar um único tema, e de preferência, simples, este livro fala de "idéias complicadas". A satisfação dos desejos no mundo do consumo, o poder das armas, a aquisição de novas habilidades e tecnologias e tudo o que afasta o homem de sua natureza (e que o faz destruir a natureza) são os temas desta incrível história.
No Brasil, sua obra está sendo editada pela editora Cosac Naify, que já publicou: A Árvore Generosa, Uma Girafa e Tanto, Quem Quer Comprar um Rinoceronte, Fuja da Garabuja e, é claro, LEOCÁDIO. Ou seja, o livro que vocês estão vendo aqui, publicado originalmente em 1963. A tradução é de Antônio Guimarães, publicado, claro, pela Cosac Naify.
Silverstein é de uma categoria de escritores que hoje está em extinção no mercado editorial, a dos autores ilustradores - hoje, a tendência é que os escritores solicitem a desenhistas profissionais para ilustrarem seus livros. Nada contra, mas hoje em dia é difícil encontrar no mercado livros que tenham sido escritos e ilustrados pela