Lendas Centro Oeste
Visagem, fantasma que aparece aos garimpeiros do rio das Garças.
“Aparece à volta das casas velhas ou das taperas onde alguém, em tempos idos, deixou um “enterro”. Contam que na cidade bicentenária de Diamantino (Mato Grosso), certa vez, à noite, um homem viu a Visão junto à parede de taipa de uma velha casa abandonada. Fechou os olhos e seguiu naquela direção até alcançar a parede onde, com a faca marcou o ponto onde ela aparecera. No dia seguinte, no local onde reconheceu as marcas que fizera se pôs a esburacar a parede e descobriu um “gargalo” de uma garrafa cheia de ouro”.
Kilaino
Duende dos bacaeris, caraíbas do Mato Grosso, variante do Caipora, Curupira, Saci-Pererê. Capistrano de Abre descreve o Kilaino: “entes maléficos, que moram no mato ou no morro, assumem formas diferentes, alimentam-se de ratos e passarinhos, não passam água, escondem a caça morta e as setas atiradas, as coisas que caem das mãos da gente; respondem aos gritos de uma pessoa, e gritam para transviar quem anda no mato”.
Arranca Línguas
Monstro gigantesco, macacão de mais de dez metros de altura, que atacava os rebanhos bovinos de Goiás, abatendo as vacas e arrancando-lhes apenas a língua, deixando o corpo intacto. A imprensa goiana, mineira e carioca registrou o mito, divulgando os depoimentos espavoridos dos fazendeiros. O mito ainda resiste, embora se tenha amplamente provado tratar-se de uma epizootia.
*Epizootia: Doença, contagiosa ou não, que ataca numerosos animais ao mesmo tampo e no mesmo lugar.
Onça de Mão Torta
A lenda diz que um velho vaqueiro foi durante sua vida mau ao extremo, depois de morto transformou-se na onça com uma das mãos torta, assim como se tivesse recebido um castigo para as perversidades que praticou durante toda a sua existência. Dessa forma, como a fera é, na verdade, um espírito, ela não pode ser morta, daí o grande medo que inspira aos moradores da região por onde vagueia costumeiramente.
Os caçadores, principalmente, temem muito encontrar