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Hoje temos o prazer de vos trazer um artigo, sobre o tema da Desterritorialização e Reterritorialização, escrito pela Geógrafa Ana Maria Cortez Vaz, uma seguidora do blogue.
Ao longo do meu percurso académico na licenciatura em Geografia, tomei conhecimento de um conceito e de uma problemática que muita curiosidade e interesse me suscita: desterritorialização /reterritorialização.
Sem dúvida que o Homem necessita do seu território, seja de cariz material ou simbólico. O território de cada indivíduo é o que melhor o identifica, dado que é o território que ajuda e condiciona a construção da identidade de cada indivíduo. O Homem necessita do seu território, do seu espaço e de criar vínculos e ligações com ele.
No entanto, os nossos territórios (sejam a nossa casa, o café que frequentamos, o local onde fazemos compras, o local de férias para onde habitualmente vamos) estão sujeitos a alterações, a mudanças. E essas mudanças podem ocorrer por diversos factores, como por exemplo: a crise económica e o desemprego, a guerra, as catástrofes ambientais, os projectos de desenvolvimento (como construções de estradas e barragens), a patrimonialização (por exemplo, a delimitação de áreas naturais), o envelhecimento demográfico e a doença, entre outros.
Quando esta mudança no vínculo que nos une ao território acontece estamos perante um processo de desterritorialização. Assim, o processo de desterritorializaçãopode ser definido como uma quebra de vínculos, uma perda de território, um afastamento dos nossos territórios, havendo assim, uma perda de controlo das territorialidades pessoais ou colectivas, uma perda de acesso a territórios económicos, simbólicos, aos recursos…
Tendo em conta que o Homem é um ser eminentemente social e sociável, este necessita de se adaptar às novas circunstâncias, aos novos territórios.
Assim, ao processo de desterritorialização está (sempre) implícito o processo de reterritorialização.
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