leitura
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Trabalhando com leitura
A rebelião das cores
O Verde logo se animou a expor sua tristeza: _ Eu sou o mais esquecido! _ Por que você? _ perguntou o Azul. _ Porque, quando usam cores para pintar uma paisagem, tem tão pouco Verde, que pouco me usam! _ Engano seu, companheiro! Olha para o céu! _ exclamou o Azul apontando através da janela... E todos se espicharam. O coitadinho do Cinza, um toquinho gasto, até se escondeu... envergonhado. E todos calaram-se em respeito à tristeza do Azul.
O Laranja reclamou: _ Ah, é? Só falta Azul no céu? E aquele pôr-do-sol de antigamente, onde eu me raiava em mil tons, e todo mundo me admirava??? _ E eu, então? _ queixou-se o Branco, que no céu fulgurava em pontos de estrelas, as quais hoje, por causa da poluição, nem se veem mais?! O Amarelo reagiu: _ É? Eu era a cor dos canarinhos... Agora, onde estão eles? Então, a Borracha, que estava ouvindo essa conversa, começou, matreiramente, a se aproveitar da situação. _ Não sei porque todo esse alvoroço _ disse de mãos na cintura. _ Eu tenho a solução. Acabo logo com esse sofrimento: Apago tudo, acabo com vocês!!! E saiu se rebolando, em demonstração.
As Cores, horrorizadas, deram um corre na Borracha. Foi tapa pra tudo quanto foi lado, até expulsá-la da mesa! Depois encolheram-se na caixa. Não viam solução. O mundo andava tão cinza, com poluição, poucas matas, rios contaminados, mar sujo... Calaram-se. E esse silencio me fez acordar. Será que as cores do mundo ficarão cada vez mais sem vida? Se ajudarmos a cuidar mais da natureza, talvez ela possa voltar a ser tão colorida, que um artista, para retratá-la, tenha de usar todos os lápis da caixa!!! Será possível?