Leitura
Um exame das variações dos hábitos de leitura de uma nação para outra demonstra que o lugar ocupado pelos livros na escala de valores dos responsáveis pela sua promoção é de primeira importância: todas as autoridades do Estado, da comunidade e da escola, todos os professores, pais e pedagogos precisam estar seriamente convencidos da importância da leitura e dos livros para a vida individual, social e cultural, se quiserem contribuir para melhorar a situação. Essa mesma convicção deve ser então transmitida aos que estão aprendendo a ler de modo apropriado à fase do seu desenvolvimento. Nos tempos antigos, antes da invenção de imprensa, reservava-se a pouquíssimos o privilégio da leitura, e, mesmo depois do Século do humanismo, ela só era acessível a uma elite culta. Só nestes últimos decênios, com o desenvolvimento tecnológico e econômico exigindo continuamente a colaboração intelectual da maioria das pessoas, surgiu a pergunta: Como poderá tornar-se realidade a extensão a todos do “direito de ler”? A pesquisa sobre leitura, um dos ramos mais jovens da ciência, projetou nova luz sobre o seu significado, não só em relação às necessidades da sociedade, mas também às do indivíduo. O “direito de ler” significa igualmente o de desenvolver as potencialidades intelectuais e espirituais, o de aprender e progredir. Leitura: Processo cognitivo e de linguagem
A leitura foi outrora considerada simplesmente um meio de receber uma mensagem importante. Hoje em dia, porém, a pesquisa nesse campo definiu o ato de ler, em si mesmo, como um processo mental de vários níveis, que muito contribui para o desenvolvimento do intelecto. O processo de transformar símbolos gráficos em conceitos intelectuais exige grande atividade do cérebro; durante o processo de armazenagem da leitura coloca-se em funcionamento um número infinito de células