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PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA EM MINAS GERAIS
SILVA, Lourdes Helena da – UFV
GT: Movimentos Sociais e Educação / n. 03
Agência Financiadora: FAPEMIG
Introdução
O processo de modernização da agricultura brasileira foi um fenômeno que teve os seus efeitos sentidos, mesmo que de forma diferenciada, em quase todas as regiões do país. O agravamento das condições de vida dos pequenos agricultores, o empobrecimento de grande parte desse segmento e o deslocamento de um significativo contingente dessa população para as cidades são alguns dos inúmeros efeitos advindos da entrada do capital industrial no meio rural brasileiro.
Todavia, observase que a reação dos trabalhadores rurais frente a esse processo também se deu de maneira diferenciada, indo desde a simples reação do êxodo até reações políticas. Em diferentes regiões brasileiras emergiram, sob a forma de organização e mobilização das diferentes categorias de trabalhadores rurais, um conjunto de lutas também diferentes no conteúdo e na forma: “Posseiros” resistindo na terra, “atingidos” embargando obras de barragens e exigindo “terra por terra”,
“assalariados” realizando greves e denunciando as precárias condições de vida e de trabalho, “sem terras” acampando na beira da estrada e realizando ocupações de áreas improdutivas, “seringueiros” empatando a derrubada da floresta.
Paralelamente, e geralmente articuladas com essas grandes lutas, vão ocorrendo em vários pontos do país, experiências de mobilização e organização de pequenos agricultores em busca de alternativas educacionais que venham de encontro às necessidades e aos desafios colocados pelo momento histórico à agricultura familiar.
São experiências que sinalizam que a luta desse segmento não é só pela educação enquanto direito, enquanto