leitura e escrita
LEITURA E ESCRITA NO ENSINO FUNDAMENTAL,
(RES) SIGNIFICANDO O TRABALHO COM
GÊNEROS TEXTUAIS
Úrsula Nascimento de Sousa Cunha1
Resumo: As instituições de ensino, em seus moldes atuais, estão sendo consideradas, por teóricos e educadores, como instituições falidas, que não cumprem mais sua missão: integrar o indivíduo ao meio social em que vive. Isto se deve porque escolas impõem um modo único de saber, não se adaptando ao pluralismo cultural. Por isso, mudanças de paradigmas são necessárias, com o objetivo de tornar mais eficiente o dia-a-dia escolar. Este artigo discute a necessidade de ressignificação do trabalho do professor para que este, independente de sua área de atuação, utilize o ensino da leitura e da escrita como prática social, considerando suas próprias experiências e teorias acadêmicas fundamentadas. Dessa forma serão promovidas mudanças significativas na escola, para que esta possa ser um instrumento de inserção do sujeito na sociedade pós-moderna. Para cumprir esse intento os professores, profissionais da esperança, devem ser estimulados a uma verdadeira inovação pedagógica, fundamentada em práticas e concepções educacionais, mediada também pela Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
Palavras-chave: Gêneros textuais. Letramento. Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC).
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Mestranda em Crítica Cultura pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), campus II.
Professora de Língua Portuguesa de escola pública e de escola particular. E-mail: ursula.cunha@ hotmail.com. Práxis Educacional
Vitória da Conquista
v. 6, n. 8
p. 123-138
jan./jun. 2010
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Úrsula Nascimento de Sousa Cunha
Introdução
A leitura e a escrita constituem-se o centro das práticas educativas em nossa cultura escolar, transformando-se em verdadeiros instrumentos para a promoção do aluno ou para legitimar o seu fracasso. Sabemos, no entanto, que, em uma sociedade letrada, em que a escrita se constituiu um fator de interação entre os sujeitos, e a leitura uma