Leitura e escrita do nome próprio na Educação Infantil
Quando iniciei, em agosto de 2014, a estruturar meu planejamento didático pedagógico para o período (de agosto até novembro de 2014) de minha prática do Estágio Docência na Educação Infantil, me propus a trabalhar com os alunos a leitura e escrita de seus nomes. Esta intenção de trabalho surgiu durante o período de observações que pude verificar que 7 alunos (dos 18 matriculados), quando solicitados pela professora, apresentavam dificuldades nos momentos na escrita de seus nomes. Os alunos não utilizavam a grafia convencional, a ordem e quantidade exata das letras em suas produções na sala de aula.
Desde já é preciso salientar que não pretendo aqui analisar e refletir em quais estágios da alfabetização os alunos encontram-se, uma vez que esta análise demanda a investigação da escrita de outras palavras e não somente a do nome do aluno. E, principalmente pelo fato de concordar com Junqueira Filho (2001, p. 141) que a alfabetização não deve ser compromisso e nem o objetivo principal da Educação Infantil. Mas que “não quer dizer, no entanto, que estamos fugindo da raia, ou que não é da nossa responsabilidade atender as demandas das crianças em relação à leitura e à escrita” (JUNQUEIRA FILHO, 2001, p. 141). Para Ferreiro, A pré-escola deveria permitir a todas as crianças a liberdade de experimentar os sinais escritos, num ambiente rico em escritas diversas, ou seja: escutar alguém lendo em voz alta e ver os adultos escrevendo; tentar escrever (sem estar necessariamente copiando um modelo); tentar ler utilizando dados contextuais, assim como reconhecendo semelhanças e diferenças nas séries de letras; brincar com a linguagem para descobrir semelhanças e diferenças sonoras. (FERREIRO, 2010, p. 98)
Se apenas 7 alunos da turma apresentavam dificuldades na escrita de seus nomes, porque desde agosto venho me preocupando com esta questão? Penso