Leitura Dirigida: Lições de arquitetura. CAPÍTULO 9 – “A rua”
NOME DA MATÉRIA – Professor NOME
Flávia Baldam – POR SEU REGISTRO DE MATRÍCULA, SE QUISER
Resenha do texto “A rua”
In: HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
O texto inicia-se contrapondo o crescente sentimento de que “o mundo para além de nossa porta é um mundo hostil” – que, segundo o autor, não seria o ponto de partida adequado para se pensar o planejamento urbano – e o conceito pós-guerra de “rua reconquistada”, segundo o qual “relações sociais podem até ser estimuladas pela aplicação eficiente de recursos arquitetônicos”, mas que é visto pelo autor como otimista e utópico, uma vez que esse conceito vem sendo desvalorizado devido ao aumento do tráfego motorizado, à organização sem critério das áreas de acesso às moradias, como galerias e elevadores, à anulação da rua como espaço comunitário graças ao assentamento de seus blocos, à maior independência que as pessoas passaram a ter em relação aos seus vizinhos (por terem conquistado melhores condições econômicas), e sobretudo devido às densidades reduzidas de moradias e do número de moradores em cada uma delas, o que acarreta um acréscimo no espaço de habitações por moradores e na largura das ruas, fazendo com que sejam mais vazias do que as do passado e com que as pessoas passem mais tempo dentro de casa. Ainda sobre a prosperidade econômica, Hertzberger frisa que a mesma por um lado estimula o individualismo, mas por outro, “permite que o coletivismo assuma proporções além da nossa compreensão”, conforme elucidará ao longo do texto. Logo após afirmar, ainda nessa introdução, que o arquiteto (figura de influência meramente incidental nos aspectos de mudança social que acabamos de mencionar) deve criar “condições para uma área mais viável de rua onde quer que seja possível”, o autor nos relembra situações em que a rua serve de extensão comunitária de nossas moradias, citando como exemplo as “ruas de convivência”, que servem não apenas como vias