Leitura de partituras
Este documento tem como objectivo fornecer os fundamentos mínimos para a leitura de partituras musicais. Não pretende ser demasiado rigoroso nem profundo, mas sim dar uma visão geral do que pode aparecer de relevante numa partitura musical.
Sempre que se ache útil será indicado o termo equivalente em inglês para permitir a consulta de informação na língua inglesa.
1. Leitura de notas numa partitura
Uma pauta (stave, em inglês) é constituída por um conjunto de 4 espaços delimitados por 5 linhas equidistantes cuja função é a identificação das notas (sons). A cada espaço ou linha corresponderá apenas a uma nota. Além destas linhas principais existem as linhas suplementares que só são utilizadas se existirem notas cuja localização seja fora das 5 linhas principais. Essas linhas não são totalmente desenhadas, apenas o suficiente para se perceber qual a localização exacta da nota.
O conjunto de linhas e espaços, por si só não tem qualquer significado, é necessário existir uma linha ou espaço que sirva de referência. Assim, surge a clave (clef), uma espécie de “chave” indicando a localização de uma nota (note) e, por relatividade, das restantes. As claves mais comuns são as seguintes:
fig. 1 – claves mais comuns
As claves de Sol e de Fá são as mais utilizadas, sendo, a primeira a que mais se destaca. Por isso, nos exemplos que surgirem mais à frente será utilizada predominantemente a clave de Sol.
O nome da clave vem da nota que é indicada pela mesma (nota a vermelho na fig.
2). A clave de Sol dá a informação da nota correspondente à 2ª linha (as linhas contam-se
A+ - Como ler uma partitura musical
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de baixo para cima) ser um Sol. Na clave de Dó é indicado, pela re-entrância
da
curva/chaveta, que a nota Dó escreve-se na 3ª linha. Os dois pontos da clave de Fá indicam qual a linha que corresponde a um Fá.
fig. 2 – notas em diferentes claves
Qual a utilidade de existirem claves diferentes ? O objectivo é que a maior parte das