Leitura acadêmica
Este texto foi escrito visando a conscientização dos alunos do curso de Educação Artística da UFMA sobre a importância do ato de ler. Aqui fazemos algumas distinções entre a leitura desinteressada, informativa ou por lazer e a leitura propriamente acadêmica que visa o alargamento do mundo conceitual e a atualização do resultado de pesquisas feitas na área. Também indicamos algumas estratégias que podem facilitar esta tarefa para o acadêmico iniciante, que quase sempre se depara com um volume de leitura considerável, logo ao ingressar na universidade. O senso comum faz inferências curiosas ; se para alguns cursos – como história e letras – o hábito da leitura é considerado inevitável, os alunos acham que em outros cursos – como matemática e artes – ele pode ser opcional, o que não passa de um equívoco. Todo conhecimento acadêmico é estruturado sobre material não só escrito, mas também textual. Mesmo no campo das ciências exatas, onde imperam os números e fórmulas, a formulação e justificação de teorias dá-se inevitavelmente por sua contraparte textual. Portanto, saber ler, interpretar e fazer uso de um texto acadêmico é uma prerrogativa importante para todo estudante universitário. Saber lidar com o material escrito do seu campo de conhecimento, saber classificá-lo, valorá-lo, escolhê-lo e usá-lo de acordo com a necessidade é um fator que determina sucesso ou fracasso na academia. No geral, ao ingressar no ambiente acadêmico, são poucos os leitores eficientes, que já chegam ali com hábito de leitura. A partir daí, sofisticam seu potencial e tornam-se ainda melhores: eles lêem mais e mais rápido, têm bom vocabulário e entendem quase tudo que lêem – e na dúvida recorrem a um bom dicionário. Tem boa capacidade de resumo. Representam uma pequena minoria. Geralmente são filhos das classes média alta e alta e passaram por um processo de alfabetização e letramento eficientes. São leitores antes de entrar na faculdade. Tudo isso