Leitura acadêmica
Ler depende de nós mesmos, de nossas condições e interesses. Só gostamos depois que lemos, precisamos conhecer. É necessário formar o hábito para, depois, vir a existir a necessidade. Ler sobre leitura não faz de ninguém um leitor. Múltiplas linguagens, leituras interessantes e agradáveis podem ensinar a ler e compreender a leitura como, por exemplo, a leitura de poesia, ficção, romance, enfim, não importa o tipo de leitura, o que é necessário é que esta seja interessante para aquele que lê. Ler tem de ser prazer puro, total entendimento do mundo, vontade de aprender, vício. Por meio da leitura e da escrita podemos expressar emoções, os diferentes ritmos que participam da nossa cultura, as cadências de nossa multiplicidade étnica, mas para que isto ocorra o texto precisa ser sentido, percebido e “saboreado” – uma leitura sensorial e com sentimentos. Leitura é uma atividade vital, plena de significação e não uma mera atividade acadêmica mecânica. Ela deve ser prazer, fonte de experiências e deve acompanhar-nos pelo resto da vida. Ler é uma diversão de tempo indeterminado, é um lazer que pode ser feito a qualquer hora, sozinho ou acompanhado, viajando com os personagens da história. Apesar de hoje já ter se tornado evidente a importância da leitura enquanto prática social, podemos observar que o hábito da leitura não é nada comum em nossa sociedade, isso se torna algo ainda mais evidente na medida em que procuramos fazer uma análise reflexiva acerca do ensino de leitura no Brasil desde o passado até os dias atuais. Para tanto, faz-se necessário conhecermos um pouco sobre os materiais de leitura que vem sendo oferecidos pelos professores aos alunos, como também, é importante conhecermos algumas práticas leitoras que estão sendo desenvolvidas nas salas de aulas desde o ensino fundamental até o superior, a partir do momento em que se reconhece o papel da escola desde o nível fundamental até o nível superior, na formação do