Leite pasteurizado
Dez anos após seu lançamento na Europa, o leite longa vida ou ultra pasteurizado chegava ao mercado brasileiro de leite fluido de consumo, especificamente no Rio de Janeiro. A utilização da nova tecnologia de ultrapasteurização (processo UHT – Ultra High Temperature) por empresas brasileiras, a partir de 1972, se fez num tempo relativamente curto se comparado ao que levou o leite pasteurizado para fazer o mesmo percurso, no início do Século XX.
O mercado brasileiro de leite fluido, no momento em que o leite longa vida foi introduzido, era constituído majoritariamente pelo leite pasteurizado do tipo C. Havia uma pequena oferta de leite pasteurizado tipo B e uma ainda menor de leite pasteurizado tipo A. O leite esterilizado, também comercializado em poucos países, tinha no Brasil uma presença insignificante e regionalizada.
O leite pasteurizado, independentemente do tipo, é o resultado do processo de tratamento térmico denominado pasteurização (HTST – High Temperature Short Time), que consiste em elevar a temperatura do leite cru de 72o a 75o C, por 15 a 20 segundos, resfriando-o imediatamente a 5o C. Após esse processo, o leite pasteurizado é embalado. A pasteurização garante a eliminação dos microorganismos patogênicos do leite, mas nele ainda permanecem ativos alguns microorganismos capazes de deteriorá-lo. Para impedir a ação de tais microorganismos é que o leite pasteurizado necessita de uma perfeita cadeia de frio até a mesa do consumidor. Devido à baixa qualidade do leite cru e à deficiente cadeia de frio, o Governo Federal fixou em apenas um dia o prazo de validade para o leite pasteurizado brasileiro, o que perdurou até os anos 90, quando cada empresa passou a defini-lo.
De 1968 a meados dos anos 70, a embalagem do leite pasteurizado tipo C mudou da garrafa de vidro para o saquinho plástico, sendo que o leite pasteurizado tipo B podia ser encontrado também em