Leishmaníase
a) Agente etiológico:
Leishmaniasp. No Brasil foram identificadas as espécies Leishmania amazonenses e Leishmaniaguyanensis na região amazônica e Leishmania brasiliensis distribuída por todas as regiões do país.
b) Vetor:
Fêmea infectada do “mosquito” (flebotomíneo) Lutzomyia.
c) Morfologia: A fêmea do mosquito do gênero Lutzomya (1) é o hospedeiro invertebrado. Durante a hematofagia no homem, no cão ou no cavalo, as amastigotas (2) (4 mm) são sugadas e deslocam-se para o intestino do mosquito, transformando-se em promastigotas (3) (14 a 20 mm); posteriormente, esses invadem as porções anteriores do estômago e do proventrículo, sendo depois inoculados pelo mosquito em um hospedeiro vertebrado; os promastigotas, no homem, são fagocitados por macrófagos teciduais e transformam-se em amastigotas, fazendo ciclos de multiplicação no hospedeiro vertebrado. O tempo entre a inoculação e o nódulo inicial de multiplicação é de 3 a 4 dias; os sinais do Calazar (leishmaniose visceral) aparecem em 4 a 6 meses e nas formas cutâneas ulcerosas em 3 a 4 semanas.
d) Ciclo biológico:
A fêmea do flebotomíneo, durante sua alimentação hematófaga, pica o animal ou indivíduo parasitado e retira a linfa e sangue contendo células do sistema mononuclear fagocítico contaminadas com leismanias. Estas se desenvolvem no interior do tubo digestório do inseto e migram em direção à porção anterior do estômago. Durante a migração, passam da forma amastígota para promastígota e multiplicam-se diversas vezes por divisão binária, elevando o número de protozoários e dificultando a passagem de alimento pelo intestino anterior do inseto. A presença dos protozoários no aparelho bucal do inseto provoca uma irritação e o induz a tentar a se livrar do incômodo. Enquanto se alimenta, o vetor inocula as leishmanias em novos hospedeiros.
No hospedeiro vertebrado, as leishmanias têm como habitat as células do sistema fagocítico mononuclear