Parasita
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Biologia do parasito
Nas Américas, o homem se infecta quando um flebotomíneo do gênero Lutzomyia (conhecido vulgarmente como “mosquito-palha”, “cangalhinha”, “birigui”) inocula formas promastigotas durante seu repasto sangüíneo. Estas formas são fagocitadas por macrófagos teciduais e convertem-se em amastigotas (forma intracelular do hospedeiro vertebrado). Estas se reproduzem por divisão binária, até que a célula hospedeira fique repleta de parasitos e se rompa. Com a destruição da célula, inúmeras amastigotas são liberadas e fagocitadas por outros macrófagos, dando continuidade aos ciclos de reprodução assexuada. O vetor, por sua vez, se infecta durante a hematofagia quando ingere células parasitadas por amastigotas as quais, ao chegarem no intestino do flebotomíneo, transformam-se em promastigotas. Estas invadem as porções anteriores do estômago e do proventrículo do mosquito, sendo inoculadas no hospedeiro vertebrado após o próximo repasto do vetor.
Patogenia e prevenção
Os parasitos do gênero Leishmania determinam doenças do sistema fagocítico mononuclear que apresentam características clínicas e epidemiológicas diversas, por isso foram reunidas em quatro grupos: * Leishmaníase cutânea - produz exclusivamente lesões cutâneas limitadas. * Leishmaníase cutâneo-mucosa - freqüentemente se complicam pelo aparecimento de lesões destrutivas em algumas mucosas. * Leishmaníase visceral ou Calazar - o parasito tem tropismo pelo sistema fagocítico mononuclear de órgãos como o fígado, o baço e a medula, que se tornam hipertrofiados. * Leishmaníase cutânea difusa - formas cutâneas disseminadas.
A ação patogênica do parasito está relacionada com a destruição celular provocada pela reprodução das formas amastigotas. Na fase inicial da doença, a multiplicação do protozoário nas proximidades do ponto de inoculação provoca uma reação inflamatória caracterizada pela