leishmaniose
É uma anfixenose - doença que circula indiferentemente entre humanos e animais - parasitária que tem como agente etiológico o protozoário Trypanosoma cruzi e, como vetor o inseto triatomíneo conhecido como barbeiro. Apresenta curso clínico dividido nas fases aguda e crônica, podendo se manifestar de diversas maneiras. Foi descrita em 1909 por Carlos Chagas tendo como sinonímia Tripanosomíase Americana e Doença de Chagas.
MORFOLOGIA
No hospedeiro invertebrado, são encontradas esferomastígotas, formas arredondadas com flagelo circundando o corpo, presentes no estômago e intestino do triatomíneo; formas epimastígotas, presentes em todo o intestino e tripomastígotas, presentes no reto, sendo esta a forma natural da transmissão vetorial. Todas as três formas citadas interagem com células do hospedeiro vertebrado e apenas as epimastígotas não são capazes de nelas se desenvolver e multiplicar.
No sangue dos vertebrados, apresenta-se sob a forma de tripomastígota e, nos tecidos, como amastigota.
CICLO BIOLOGICO
O ciclo biológico do T cruzi é heteroxênico e possibilita que o parasito transite por uma fase de multiplicação intracelular (no hospedeiro vertebrado) e extracelular (no vetor). Devido a sua multiplicidade de hospedeiros, o Trypanosoma cruzi pode circular nos ciclos silvestre (gambá-triatomíneo-gambá); peridoméstico (ratos ou cães-triatomíneo-ratos ou cães) ou doméstico (humano-triatomíneo-humano; cães ou gatos-triatomíneo-cães ou gatos).
Na forma vetorial da transmissão, tripomastígotas metacíclicos do protozoário são liberadas junto às excretas dos triatomíneos através da pele lesada ou das mucosas do ser humano, durante ou logo após o repasto sanguíneo. Esse meio de transmissão ocorre exclusivamente no continente americano.
No local de inoculação ocorre a transformação dos tripomastígotas em amastígotas, que se multiplicam por divisão binária simples e em seguida, diferenciam-se em tripomastígotas, causando a lise celular e, por conseqüência,