Lei de Okun
É uma teoria que propõe uma relação inversa entre desemprego e produto interno bruto. A teoria foi desenvolvida pelo economista Arthur Okun, em 1962, quando este trabalhava no Comitê de Conselheiros Econômicos do presidente estadunidense John Kennedy. Ela mostra que o hiato do produto é proporcional à diferença entre a taxa de desemprego e a taxa natural de desemprego. A pesquisa na qual se concentrou era quanto deveria crescer a economia para que a taxa de desemprego caísse em um ponto percentual. Descreve uma relação linear entre as mudanças na taxa de desemprego e o crescimento do produto nacional bruto: por cada ponto percentual de diminuição do desemprego, o PIB real cresce em três por cento. A lei está baseada em dados dadécada de 1950 e é válida somente para taxas de desemprego entre o 3 e 7,5%.
Como muitas outras leis econômicas, a Lei de Okun é só a observação de uma regularidade (do mundo real) empírica que não se baseia em nenhum raciocínio econômico forte.
Contudo, tem sobrevivido ao longo do tempo. James Tobin, que foi companheiro de Okun em
Yale e no Conselho de Assessores econômicos do presidente Kennedy, qualificou a Lei como
"uma das regularidades empíricas mais confiáveis da macroeconomia".
A Lei de Okun é incrivelmente robusta não somente em países desenvolvidos, mas aparentemente nos periféricos. Os dados do mercado de trabalho brasileiro são menos confiáveis
(as séries são mais curtas, e restritas aos principais centros metropolitanos), mas os resultados são basicamente iguais. O que eles indicam é que o PIB deveria crescer aproximadamente 1,9% para poder reduzir em 1% a taxa de desemprego. Ou seja, para reduzir o desemprego para um patamar de 4 ou 5% a economia deveria crescer entre 7,6 e 9,5% a mais do que a taxa média dos últimos anos (pouco acima dos 2,5%). Portanto, taxas de crescimento chinesas seriam necessárias. Okun acreditava que as transferências de riqueza através da política fiscal, dos