Legal
• A oligarquia de Accioly: dominou monoliticamente o Ceará entre 1896 e 1912. Para tal, foi básico: a adesão à política dos governadores, o apoio dos coronéis, a aliança com grupos econômicos, o nepotismo e a repressão aos oposicionistas. No primeiro mandato de .Accioly (1896-1900), desta¬caram-se a corrupção em larga escala e o "caso da vacina" envolvendo Ro¬dolfo Teófilo. O governo de Pedra Borges (1900-1904) foi uma continuidade da oligarquia Acciolina. Nessa etapa se destacaram a construção de academia livre de direito do Ceará, a greve dos catraeiros de Fortaleza e a impunidade dos crimes sertanejos. Accioly foi reeleito para dois mandatos em 1904 e 1908 respectivamente. Isso intensificou as ações das oposições, formadas por oligarquias dissidentes, por burgueses, pela classe média, por populares e até por coronéis, Nas eleições estaduais de 1912, as oposições lançaram, dentro da política das salvações, a candidatura de Franco Rabelo para o governo, enquanto Accioly.apon¬tava como seu candidato Domingos Carneiro Vas¬concelos. A campanha sucessória de 1912 foi bastante agitada tendo como auge a repres¬são acciolina à passea¬ta das crianças. Em conseqüência, as oposições, armadas, depuseram Accioly do poder. A revolta popular de 1912 e a eleição de Franco Rabelo para o governo encerram a oligarquia acciolina. Rabelo, todavia, seria deposto em 1914 na Sedição de Juazeiro (golpe arquitetado por Padre Cícero e Floro Bartolomeu par derrubar Franco Rabelo).
• Padre Cícero: Prati¬cante do catolicismo popular nordestino entrou em atrito com a política de romanização promovida pela alta cúpula eclesiástica. Chegou a Juazeiro no ano de 1872 Em 1889, Cícero tornou-se celebridade com a ocorrência do "milagre" de Juazeiro. A Igreja nega a veracidade deste. A questão religiosa do Juazeiro foi na verdade o retrato da luta entre a romanização e o catolicismo popular. Cícero acabou afastado da Igreja. Ao contrário de Antônio Conselheiro de Canudos,