lean
Segundo Womack (2004) e Spear (2005) ainda não existe a “Toyota” dos hospitais. As iniciativas de aplicação do conceito lean nos serviços de saúde estão apenas engatinhando, tanto no desenho dos processos de provisão dos serviços como no desenho de seus processos de consumo. Wysocki (2004) faz um levantamento de algumas iniciativas em que técnicas de produção enxuta usadas na Toyota são aplicadas em hospitais, com a ajuda de consultores oriundos da Toyota ou outras indústrias com produção enxuta.
Ben-Tovim (2006), após 2 anos de implementação do conceito num hospital universitário da Austrália, afirma estar apenas no princípio: há áreas do hospital que ainda não foram abordadas e o dilema que diz enfrentar constantemente é escolher entre aprofundar numa área ou iniciar o trabalho numa nova. O primeiro evento para difusão de conceitos lean na área da saúde, o Lean Healthcare Forum, ocorreu em janeiro de 2006 e foi organizado pelo Lean Enterprise Academy da Grã-Bretanha contando com a presença do National Health Service26. O objetivo desta sessão é descrever algumas iniciativas que exemplificam possíveis aplicações dos princípios enxutos em serviços de saúde. Na revisão de literatura não foram encontrados casos para todos os princípios.
Princípios da provisão enxuta Do ponto de vista da provisão de serviços de saúde, a mentalidade enxuta propõe desenhar as operações na perspectiva de geração de valor para o paciente, identificar as atividades que geram e as que não geram valor, buscando eliminar estas e aperfeiçoar aquelas. A eliminação de atividades que não geram valor juntamente com outros desperdícios tais como materiais desperdiçados, medicamentos não usados e atrasos desnecessários ajudam a estabelecer um “fluxo de valor” do paciente. Este fluxo de valor do paciente incluiu a seqüência da avaliação clínica, investigação, decisão clínica, tratamento e liberação do paciente. Tal fluxo permite que o paciente o percorra sem