Seria possível supor a existência de um único tipo de estrutura social na área kachin, estudada por Leach em Sistemas Políticos da Alta Birmânia? Edmund Leach é de uma família abastada, estudou em Cambridge se formando com honras em Bacharel em Matemática e Engenharia. Mais tarde se emprega em uma empresa de comércio e passa alguns anos na China, em seu longo retorno toma contato com a Antropologia. Segue seus estudos em Antropologia Social na London School of Economics, com Malinowski e Firth. Em 1954 publicou “Sistemas Políticos da Alta Birmânia”; aqui Leach apresenta um ponto de vista diferente daquele que prevalece na Antropologia Social, até então. Com a publicação deste livro, Leach ajuda a estabelecer uma antropologia política moderna e oferece uma crítica das teorias dominantes, introduzindo o ponto de vista dinâmico na Antropologia Social. Sua critica é referente as dificuldades que tem em lidar com as mudanças sociais; o problema que encontra é o suposto equilíbrio dos sistemas sociais. Segundo o autor do teto “Repensando E. R. Leach”, o antropólogo possui uma inquietação singular que acaba sendo sua principal característica, pois ele escolhe uma sociedade diversificada para o estudo. Sua obra é usada como um exemplo vivo da liberdade de questionar. Ainda para o autor do texto, Leach tem uma posição racionalista, mas seria um erro não falar do empirista. Leach contribuiu na área do parentesco e organização social. Sua crítica está no fato de que o ponto crucial é a diferença entre as sociedades humanas entre a infraestrutura biológica e uma superestrutura verbal (plano social e cultural). Também critica a Fortes e Gluckman, sua critica gira em torno do problema da organização social. Para Leach o casamento é uma instituição articuladora do parentesco e da organização social. Pois ele “redescobre” e “recupera” o indivíduo como foco da Sociologia. Em “Sistemas Políticos da Alta Birmânia”, Leach coloca alguns fatos: 1. Os Katchin formam uma sociedade