LE BRETON,D

LE BRETON, D. A sexualidade cibernética ou o erotismo sem corpo. In: Adeus ao Corpo: Antropologia e Sociedade. São Paulo: Papirus, 2003.
O capitulo que foi escolhido para ser resenhado trata de um tema relacionado ao sexo cibernético e o erotismo sem o corpo, ao longo do texto o autor cita obras que tratam do mesmo tema, que em suas abordagens explicitam o abandono e o ódio ao corpo e do decaimento da carne dando lugar a maquina. Trata também de um tema que se chama sexo textual que se mostram em forma de textos virtuais.
O capitulo é subdividido em três partes, onde o autor aborda de forma clara e fácil suas ideias a partir do tema central. A obra possui citações de outras obras literárias, que facilitam a compreensão e interpretação do tema.
A obra tem inicio esmiuçando o conceito de erotismo, e explica que se trata de um prazer obtido a partir do corpo do outro, e significava contato, o tocar, o conhecer, o conviver, o momento com intensa intimidade. O momento da descoberta estando nu diante do outro, é estar indefeso, desprotegido naquele momento tão intimo. Explica que no mundo atual isso se apresenta de forma diferente diante dos avanços da tecnologia a presença do corpo se faz desnecessária na maioria dos casos, onde antes era de extrema importância. Nos moldes atuais o sexo corpo a corpo é dispensável e os estímulos vêm de outras formas como de textos virtuais e ou pela imagem projetada na tela sem o menor contato entre ambos.
Com o surgimento do androide cibernético propõe um prazer melhor e mais rápido ao seu comprador. No inicio da obra, David Le Breton faz referencia a duas obras que trabalham a relação do ódio ao corpo, a indignidade da mulher diante da maquina, onde a mesma poupa o homem do medo do desnudamento, facilita a escolha ao modelar a maquina de acordo com o seu gosto e ajuda a evitar sofrimentos sentimentais. Na obra O Homem de Areia, de Hoffmann, o personagem principal demonstra ódio pela mulher ao rejeitar a amiga. Natanael se