Laymert
SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. 4ª edição. São Paulo:
Cortez, 2006,
Luiz Felipe Soares2
João Paulo de Azevedo Lima3
Introdução
Falar de modernidade quase sempre requer um referencial, pois o mesmo termo que nos remete a algo mais adiante também aponta para o passado sem deixar de ser um indicativo do momento atual.
Empiricamente, pode-se constatar este termo coloquialmente associado às coisas do futuro, em nossa sociedade ser moderno é estar à frente de seu tempo. Entretanto, o tempo histórico apresenta-nos como sendo o homem moderno, aquele cidadão inserido nos contextos de desenvolvimento tecnológico, científico, político-econômico, das transformações sociais que partem do Renascimento passando pelas revoluções burguesas, científica e culminam na sociedade capitalista industrial. Contudo, passado o momento mais eufórico do entusiasmo na modernidade, as contradições de tais progressos elevaram-se ao estado atual de conflitos, incertezas e dissoluções que caracterizam nosso tempo. Tempo este que ainda faz jus ao adjetivo: modernidade.
Sendo então uma constante nos tempos (passado, presente e futuro) e inserida em diferentes contextos (contextos estes conflitantes sob a forma de rompimentos, sobreposições e superações), o que seria a final esta tal Modernidade? Para os pós-modernos, o momento atual configura-se numa pós-modernidade e consideram (a partir desta
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O presente trabalho foi de iniciativa própria e autônoma dos autores.
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Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco – felipesoarespt@hotmail.com 3
Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal Rural de Pernambuco – jp09.2@hotmail.com
Revista Todavia, Ano 3, nº 4, jul. 2012
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perspectiva) que modernidade seria o momento e/ou o contexto para o qual estamos além e/ou em vias de superá-lo.
De este novo cenário ver-se a emergência de um novo paradigma que propõe uma visão do homem integrado as partes de