BOETIE, Etienne la. Discurso da Servidão Voluntária.Tradução de Laymert Garcia dos Santos. Editora Brasiliense, 1987.
2523 palavras
11 páginas
BOETIE, Etienne la. Discurso da Servidão Voluntária.Tradução de Laymert Garcia dos Santos. Editora Brasiliense, 1987.A questão do autor é compreender porque nações suportam tiranos visto que o mesmo só existe neste papel porque esta nação o legitima no pode, afinal ele não poderia fazer-lhes mal algum se ao invés de tolerá-lo todos preferissem contradizê-lo.
“a dominação de vários não podia ser boa, pois o poderia de um som é duro e insensato tão logo tome o título de senhor..” (BOETIE, 11)
“Mas para falar com conhecimento de causa, é um extremo infortúnio estar-se sujeito a um senhor, o qual nunca se pode se certificar de que seja bom, pois sempre está em seu poderia ser mais quando quiser..” (Idem, 11)
“ver um milhão de homens servir miseravelmente, com o pescoço sob jugo, não obrigados por uma força maior, mas de algum modo (ao que parece) encantados, enfeitiçados apenas pelo nome de um...”(Ibidem, 12)
“...carregar o mal pacientemente e reservar-se para melhor fortuna no futuro.” (Ibidem, 12)
“...se os habitantes de um país encontraram algum grande personagem que lhes tenha dado provas de grande previdência para protegê-los, grande audácia para defendê-los, grande cuidado para governá-los, se doravante cativam-se em obedecê-lo e se fiam tanto nisso a ponto de lhe dar algumas vantagens, não sei se seria sábio tirá-lo de onde fazia o bem para colocá-lo num lugar onde poderá malfazer; mas certamente não poderia deixar de haver bondade em não temer o mal de quem só se recebeu o bem. (Ibidem, 12)
O autor se pergunta qual seria este vício que faz com que as pessoas passem não a obedecer, mas a servir. A não serem mais donas nem de seus pertences, nem de si. Se 2, 3 ou quatro não tem coragem de se rebelar contra um tirano, é possível que seja por covardia, mas porque cem mil homens não se rebelam? Não pode ser por covardia (assim como é humanamente impossível a um homem construir uma fortaleza ou enfrentar um exército sozinho). Qual é o nome