Tecnologia e dominação ideológica na escola de frankfurt.
Os pensadores da chamada Escola de Frankfurt, em sua maioria oriunda do pensamento marxista, hegeliano e também kantiano, no discurso identificado como teoria crítica, oferecem um confronto entre as formas tradicionais da filosofia racionalista, de inspiração iluminista, para centrarem seus argumentos e análises no combate ao deslumbramento que a técnica e a ciência, com suas inúmeras formas de fetiches, promovem com a instauração de novas formas burocrático-ideológicas. Aqueles pensadores, especialmente Adorno e Horkheimer, se debruçaram sobre a análise crítica dos mecanismos culturais que estão na base do processo de dominação da sociedade. Com o anúncio da falência da razão eles teorizaram que ali estava a gênese dos males que afligem a humanidade, cujos exemplos terríveis foram o nazismo e o fascismo.
A confiança cega no progresso tecnológico como promotor de eras de paz e felicidade, de certa forma, resultou numa fetichização da ciência e da técnica, e, paradoxalmente, o que se viu foi o aumento da irracionalidade, num recrudescimento da barbárie que permitiram, por exemplo, que a história registrasse algo terrível como Auschwitz, perpetrado pelos nazistas, e que, quase não teve nenhuma reação em contrário. A confiança no aperfeiçoamento técnico, no qual os Iluministas devotaram tantas esperanças, parece que abriu espaço para a desumanização do homem. Nesse sentido a tecnologia, com sua racionalidade, substituiu a fé religiosa, a ética, e, sob a égide da “deusa” razão instituiu o culto à tecnologia, esvaziando assim a singularidade dos indivíduos, abrindo caminho para a barbárie (BENJAMIN, 1996, p. 116 cit. pelo texto EDUCAÇÃO E A ESCOLA DE FRANKFURT p. 10).
A razão assim concebida e praticada pela civilização tende, em nome de um progresso, a se transformar em irracionalidades de todas as formas, o que permite disseminar ideologias de vários matizes que promovem esteio para o processo das