Latim Vulgar, um breve resumo.
__________________________________________________________________________________________________________Referência:
ASSIS, Machado de. O ideal do crítico. In: _____. Obra Completa de Machado de Assis. 1 ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, vol. III, 1994. Publicado originalmente no Diário do Rio de Janeiro, 8/10/1865. O texto, além de ser um dos textos iniciais de sua crítica, serve para entendermos algumas ideias suas sobre o fazer literário que serão reiteradas e desenvolvidas depois. É um mar de conselhos para a realização de uma boa crítica.
Para uma verdadeira Literatura, Machado argumenta que a crítica de todos os tempos deveria ser “fecunda, e não estéril, que nos aborrece e nos mata, que não reflete nem discute, que abate por capricho ou levanta por vaidade; estabelecei a crítica pensadora, sincera, perseverante, elevada, — será esse o meio de reerguer os ânimos, promover os estímulos, guiar os estreantes, corrigir os talentos feitos; condenai o ódio, a camaradagem e a indiferença, — essas três chagas da crítica de hoje, — ponde em lugar deles, a sinceridade, a solicitude e a justiça, — é só assim que teremos uma grande literatura.
Crítica é análise: Exigências são feitas pelo autor. Machado afirma que é preciso despreocupar-se de todas as questões que entendem com o domínio da imaginação e que a um crítico, quando julgar uma obra, “cumpre-lhe meditar profundamente sobre ela”, procurar o que há de mais intrínseco e aplicar as leis poéticas para conferir alguma verdade sobre a produção.
Guia para um bom crítico literário (características adequadas):
- Ter ciência e consciência;
- Coerência;
- Independência;
- Imparcialidade;
- Tolerância;
- Moderação e urbanidade;
- além da perseverança. Por fim, Assis afirma que com isso os resultados seriam imediatos e fecundos, mas