Laranja Mecânica e o pensamento dos filósofos
Setembro de 2013
“LARANJA MECÂNICA” E SUAS RELAÇÕES COM A FILOSOFIA
São Cristóvão
Setembro de 2013 Laranja Mecânica (original: A Clockwork Orange) é um filme britânico de 1971, dirigido por Stanley Kubrick, que foi adaptado do romance homônimo de 1962 do escritor também britânico Anthony Burgess. No filme, são levantadas diversas questões que contém um cunho filosófico, e envolve alguns pontos que sempre foram alvo de debates no meio da Filosofia. Primeiramente, e talvez uma das questões centrais do filme, é o conceito de moral e suas variações. Como se passa no filme, Alex, o personagem principal, que teve uma boa educação dos pais, foi bem instruído, é culto, fato que pode ser representado genericamente pelo seu refinado gosto musical, Ludwig van Beethoven, e por seu vocabulário erudito, cometia diversas atrocidades, no seu horror show time com seu “bando”, roubando, violentando e assassinando mulheres, espancando homens e idosos, enfim, agindo violentamente apenas por perversidade e diversão. Nesse ponto, seu comportamento seria um desvio da moral, da moral comum da massa como aborda Nietzsche, ou seja, os valores de rebanho estabelecidos pela sociedade foram transgredidos por Alex, e por isso, ele deve responder juridicamente por essa falha cometida. No entanto Nietzsche rejeita esse conceito de moral, pois para ele, apenas se inserir no rebanho sem tentar evoluir é se conformar com essa situação. Por outro lado, tentar encontrar o bem comum para todos, que seria a ideia do discurso moral também levantada por esse filósofo, sendo um ressentimento dos fracos, uma vez que a possibilidade de atingir esse bem comum não é uma coisa alcançável. Hart também desenvolve um conceito parecido com esse da moral de Nietzsche, mas levando mais para o lado da lei em si. Ele foca no Estado de Direito, em que há uma