Horror Show

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As relações filosóficas e sociológicas no filme “Laranja Mecânica”: Nietzsche e as bases da filosofia contemporânea

O filme “Laranja Mecânica” (A Clockwork Orange) de Stanley Kubrick, baseado no livro de Anthony Burgess, conta a história de Alex de Large, um jovem que não estuda, não trabalha e que, juntamente com a sua gang de criminosos, pratica assaltos, estupros e assassinatos, algo que o personagem denomina de ultra violência.
Se assistirmos ao filme com um olhar sociológico, provavelmente nos ateríamos ao comportamento do rapaz como um reflexo de uma sociedade doente cujas instituições como a Família, o Sistema Penitenciário, o Governo e a Polícia são possuidores de inúmeros conflitos prejudiciais ao seu funcionamento.
No entanto, se apurarmos nossa visão podemos perceber uma clara crítica ao sistema e entre tantas outras, a forte alusão ao pensamento filosófico de Nietzsche, responsável por estabelecer os principais pilares para a filosofia contemporânea.
Mas afinal, qual o significado do título "Laranja Mecânica”? Ao pé da letra, o título original (Clockwork Orange), significa “Laranja com Mecanismo de Relógio”. Aludindo à um mecanismo de relógio” - clockwork – algo que nos remonta a uma visão mecânica, artificial, robótica, programável, controlada pelo sistema. Orange – laranja, nos possui uma simbólica semelhança, no inglês, com a palavra “orang – utan”, ou seja, um macaco, uma criatura, um animal, que seria uma alusão ao procedimento behaviorista utilizado pelos cientistas do filme para reintegrar à sociedade o jovem Alex Delarge, considerado como um “animal” e, por isso mesmo, “domesticável”. Outra vertente, é induzida pela explicação dada pelo autor em seu livro. Para ele, o título estaria ligado à uma velha expressão londrina – “As queer as a clockwork Orange”, ou seja, Tão Bizarro Quanto uma Laranja Mecânica – que se relaciona com a visão Burgess sobre o comportamento