Lançamento horizontal
Neste relatório aborda-se a verificação experimental do tempo necessário, a altura em que se encontra e o deslocamento horizontal de uma esfera metálica abandonada a partir do repouso, levando-se em consideração as leis da cinemática bem como suas aplicações no lançamento horizontal. Tal experimento foi realizado no Laboratório de Física do IFES – Campus Santa Teresa.
1 – INTRODUÇÃO
“Antes de nos aprofundarmos na análise do movimento dos projéteis, vejamos, numa rápida síntese, como ele foi interpretado no decorrer dos séculos. Aristóteles considerava o trecho inicial do movimento dos projéteis um típico exemplo de movimento violento, mantido pela força que o meio exerceria por trás do objeto, obrigando a mover-se contra sua natureza. Nas suas palavras:
“Os projéteis se movem para longe da mão de quem os empurrou pela ação do ar, que imprime ao projétil um movimento mais rápido do que o transporte ao seu lugar natural”.
Cessada a ação do meio, que iria se enfraquecendo gradativamente, prevaleceria o movimento natural (queda vertical) dos corpos pesados. Além do mais, dizia ele, como um objeto não pode ter ao mesmo tempo dois tipos de movimento – ou ele é natural ou violento.
Imaginando um homem atirando uma pedra com um estilingue em um pássaro, a trajetória de um projétil deveria ter a forma representada onde inicialmente prevaleceria o movimento violento, devido ao ar, e a pedra seguiria horizontalmente em linha reta. Quando cessasse a ação do ar, a gravidade passaria a atuar e a pedra cairia verticalmente, num movimento que lhe é natural.
Na idade média, observam-se modificações na explicação do movimento de um projétil. O ar não é mais o responsável pelo “movimento contra a natureza”: A causa reside no próprio corpo em sua capacidade de armazenar e conservar a força inicial daquilo que o impulsiona (o pé, o estilingue, o arco e a arma). Buridan, um dos formuladores da Teoria do Ímpeto, disse: “Enquanto o propulsor move o