lajes
8.1 Introdução
Lajes são elementos estruturais bidimensionais planos com cargas preponderantemente normais ao seu plano médio. Em um esquema estrutural convencional, as lajes transmitem as cargas do piso às vigas, que as transmitem, por sua vez, aos pilares, através dos quais são as cargas transmitidas às fundações, e daí ao solo.
Figura 8.1 – Representação de uma laje (Fusco)
No caso de ações horizontais, as lajes dão uma importante contribuição ao sistema de contraventamento, sendo possível usar-se a hipótese de diafragma rígido, na qual as lajes compatibilizam os deslocamentos dos pilares em cada piso (contraventando-os).
Para o trabalho de flexão das lajes é necessário que estas sejam delgadas. De acordo com Montoya (2002), se a relação entre a altura e a menor dimensão for menor que 1/5, considera-se a laje espessa. Neste caso, a lajes estará submetida a um estado triaxial de tensões, de dificil estudo. Por outro lado, as flechas (w) devem ser pequenas com relação a altura (h), de tal forma que a relação w/h seja menor que 1/5. Desta forma evita-se que apareçam tensões de membrana que irão se superpor às tensões de flexão.
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Figura 8.2 – Comportamento das placas (Fusco, 1998)
8.2 Classificação
As lajes podem ser armadas em uma ou duas direções. As lajes armadas em uma única direção podem ser calculadas como vigas de largura unitária. Já as armadas em duas direções são calculadas isoladamente, observando-se as condições de apoio de bordo engastado ou de apoio, conforme haja continuidade ou não entre as lajes. Posteriormente é feita a compatibilização entre os momentos de bordo de lajes contíguas. A diferenciação entre armadas em uma e duas direções é realizada comparando-se a relação entre os vãos
(dimensões) da laje.
Desta forma, têm-se:
lajes armadas em cruz, quando Ly/Lx 2
Figura 8.3 – Laje armada nas duas direções
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lajes armadas em uma só direção
Figura 8.4 – Laje armada em uma só