Kroeber
Kroeber considera que o homem é um ser superorgânico. Ele é possuidor de cultura, e uma cultura tem uma "vida própria", que é simbólica em vez de genética. É deste modo uma "coisa viva". Que opera entre os seres humanos, então a um nível mais elevado de complexidade que o orgânico. É, portanto “superorgânico”, justamente por que não necessitar criar possibilidades para modificar seu aparato biológico, pois o mesmo transforma a natureza a sua volta, habitando-a as suas necessidades e não ao contrário. Em outras palavras, o homem, diferentemente dos animais, rompe as barreiras das diferenças ambientais e transforma toda a Terra em seu hábitat. E, através das culturas que se desenvolveram, o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que da hereditariedade, deste modo, suas ações e atitudes não estão geneticamente determinadas. Pois a cultura, que é um processo acumulativo, mais do que a herança genética, determina o comportamento do homem e justifica suas realizações. Em outras palavras, algumas coisas de nossas vidas e constituição provêm da natureza pela hereditariedade, e outras coisas nos chegam