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João Pedro da Ponte
Grupo de Investigação DIF-Didáctica e Formação
Departamento de Educação e Centro de Investigação em Educação
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Pesquisar a nossa (própria) prática
Na sua prática, os profissionais da educação defrontam-se com numerosos problemas, muitos dos quais de grande complexidade. Entres estes contam-se o insucesso de seus alunos, relativamente a objectivos de aprendizagem curricular e até a objectivos básicos de socialização e enculturação; a desadequação dos currículos e programas em relação às necessidades e condições dos públicos a que se destinam; o modo ineficaz e desgastante como funcionam as instituições educativas; a incompreensão de grande parte da sociedade, a começar pelos meios de comunicação social, para as condições extremamente adversas em que se trabalha na educação. Em vez de esperar por soluções vindas do exterior, muitos profissionais têm vindo cada vez mais a pesquisar directamente os problemas que se lhes colocam1. Isso acontece igualmente em campos como a saúde, o trabalho social e o desenvolvimento rural.
São várias as razões pelas quais esta pesquisa pode ser importante. Ela contribui, antes de mais, para o esclarecimento e resolução dos problemas. Além disso, proporciona o desenvolvimento profissional dos respectivos actores e ajuda a melhorar as organizações em que eles se inserem. Em certos casos, esta pesquisa pode ainda contribuir para o desenvolvimento da cultura profissional no respectivo campo de prática e até para o conhecimento da sociedade em geral (PONTE, 2002).
Não se trata de transformar os professores em pesquisadores profissionais.
Trata-se de reforçar a competência profissional do professor, habilitando-o a usar a pesquisa como uma forma, entre outras, de lidar com os problemas com que se defronta:
Educar pela pesquisa tem como condição essencial primeira que o
profissional