Keynes
Ao contrario dos neoclássicos, que diziam que em tempo de recessão era preciso esperar o mercado agir, Keynes defendia que era possível e preciso abreviar a crise e evitar o seu aprofundamento. Seu objetivo era atenuar o sofrimento da população. Ele achava que era possível o Estado agir para manter o pleno emprego e o nível de atividade econômica. Keynes se diferenciava dos neoclássicos em duas grandes áreas.
A primeira era a sua afirmação de que as pessoas não aumentavam seus gastos na mesma proporção em que aumentavam sua renda. Parte crescente era poupada, já que a tendência seria manter o padrão de vida perto do habitual. Ele discordava da afirmação neoclássica de que a poupança era função unicamente da taxa de juros. A segunda diferença era de que para Keynes, os juros eram definidos pela a desistência do dinheiro em forma física, sua liquidez. A taxa de juros seria então uma recompensa pela desistência da liquidez por certo tempo. A taxa de juros, não era, como diziam os neoclássicos, o preço que equilibrava a demanda por investimentos e poupança.
Para Keynes, as crises no capitalismo eram inevitáveis. Como as pessoas tendiam a querer manter o seu padrão de vida habitual, a tendência é que aumentos de renda se traduzissem em proporção maior de poupança. Haveria então um aumento da taxa de acumulação de capital. Esse aumento do volume de capital levaria a uma diminuição da sua produtividade marginal. Isso por sua vez desestimularia o investimento e provocaria o desemprego.
Além disso, como o consumo não aumentaria na mesma proporção que a produção,