Kaspar hauser
Quando adolescente, ele foi deixado em uma praça de Nuremberg, na Alemanha. Houser não havia desenvolvido completamente o andar e a fala, só conseguia repetir uma frase que lhe fora ensinada (“quero ser cavaleiro como meu pai”). Em uma das mãos, ele segurava firmemente uma carta anônima endereçada ao capitão da cavalaria da cidade.
Kaspar, apesar de ter sido privado da sociedade, não era agressivo, e, por esse motivo, as autoridades da época não o consideraram perigoso. O jeito não convencional chamava atenção das pessoas, mas também era motivo de preconceitos. Ele foi objeto de pesquisas e, ainda, atração de circo.
A sociedade se organizou ensinar ao jovem os hábitos da época. Durante dois anos, Hauser melhorou suas habilidades comunicativas e aprendeu a tocar instrumentos. Contudo, ele tinha grande dificuldade para entender as concepções da época e acompanhar raciocínios lógicos. Seus pensamentos, antes, eram vazios, pois não havia linguagem, e lhe faltava noção de sonho e realidade.
Ele questionava normas da sociedade, da religião e da ciência. Por pensar e agir diferente, além de questionar os olhares conceituados sobre objetos, pelas pessoas daquele tempo, ele foi hostilizado e estigmatizado. Em uma das passagens do filme, o personagem declara que as pessoas são como lobos, demonstrando consciência pelo fato de ser diferente dos outros indivíduos.
Kaspar foi assassinado ainda jovem, poucos anos depois de sua inclusão no mundo social e sem nunca ter se adaptado de fato à sociedade da época. A motivação do crime e o assassino são