Kant
“... pois de que outro modo a faculdade de conhecer deveria ser despertada para o exercício, se não ocorresse mediante objetos que impressionam os nossos sentidos e em parte produzem espontaneamente representações, em parte põem em movimento a nossa atividade intelectual de comparar essas representações, conectá-las ou separá-las, e deste modo transformar a matéria bruta das impressões sensíveis em um conhecimento dos objetos, que se chama experiência? De acordo com o tempo, portanto, nenhum conhecimento em nós antecede a experiência, e todo ele começa com a experiência” (Critica da Razão Pura, Kant)
Contudo, mesmo pelo o que se é visto acima, mesmo que o conhecimento comece com a experiência, não necessariamente todo ele é originado dela. Por exemplo, se existem conhecimentos semelhantes, ele não depende da experiência pessoal de cada ser humano e suas impressões.
Pode-se dizer então que existem duas formas de conhecimento: O conhecimento empírico, que tem a ver com as percepções dos sentidos, isto é, posteriores à experiência, é a experiência agindo e o conhecimento sendo adquirido apenas porque aquilo está acontecendo. E o conhecimento a priori, mesmo que originado da experiência, independente dela, não depende dos sentidos, ou seja, é universal e necessário. Além disso, dentre os a priori, existem os puros, aqueles que não têm nada de empírico e os impuros. Assim, por exemplo, como analisou Kant: “a proposição “toda mudança tem sua causa” é uma proposição a priori, só que não pura, porque mudança é um conceito que só pode ser extraído da experiência.”, ou seja, neste caso, é um conhecimento universal, mas carece do conhecimento empírico.
Para explicar melhor o conhecimento puro Kant disse “se um juízo for pensado como universalidade estrita, isto é, de modo tal que não conceda nenhuma exceção como possível, então ele não será derivado da experiência, mas válido de modo