Kanban
O processo de globalização econômica que propiciou a abertura dos novos mercados impôs às empresas uma corrida pela melhoria de seus sistemas produtivos, de modo que aquelas que não conseguissem se adaptar aos novos paradigmas de produção estariam destinadas ao enfraquecimento de seu potencial produtivo e consequentemente ao desaparecimento.
Como forma de aprimorar suas práticas produtivas bem como de se tornarem mais competitivas no mercado, as empresas de base industrial passaram a adotar novas técnicas de produção como é o caso do sistema Just-In-Time (JIT), além das ferramentas da Qualidade Total (TQC) que são instrumentos de ampla aplicação, fazendo com que os sistemas produtivos evoluam continuamente em termos de qualidade, flexibilidade, redução de custos e desempenho de entregas (Tubino, 1999).
Em relação a esta ótica de inovação dos sistemas de produção, o Kanban corresponde a uma ferramenta do sistema de programação e acompanhamento da produção JIT. Deste modo, este sistema funciona como uma metodologia de reposição de estoques e é regida pela filosofia japonesa de puxar a produção através de cartões sinalizadores, proporcionando a redução de estoques, a melhoria no fluxo de produção e consequentemente reduzindo as perdas e aumentando a flexibilidade no sistema trazendo com isto, uma maior agilidade no processo de reposição de estoques.
Por isto, este trabalho encontra-se sob a forma de um estudo de caso, tendo como objetivo central identificar a aplicabilidade do kanban, funcionamento, vantagens e desvantagens enquanto ferramenta de produção de uma organização.
2. Referencial teórico
2.1 Origem do sistema kanban de produção
Após a Segunda Guerra Mundial, o pólo industrial japonês entrou em declínio e passou a enfrentar uma das maiores crises econômica de sua história. Com a finalidade de se reerguer, as empresas japonesas buscaram formas de melhorar seus sistemas de produção,