Juventude
Se observarmos bem nossa história, veremos que em todos os rompantes de democracia, de defesa de direitos ou de conquista dos mesmos a juventude esteve presente na vanguarda social. Seja com Castro Alves na abolição da escravatura, ou com os Caras-Pintadas no Fora Collor, a juventude brasileira sempre contribuiu para a vida social do país, mobilizando-se, discutindo, etc.
Por conta dessa força, é comum vermos os meios de comunicação forçando uma visão incoerente de que "naquele tempo a juventude se mobilizava, mas hoje não se mobiliza mais". Será que esse discurso é verdadeiro? Se aplica na prática? Acho que não e basta vermos as jornadas de lutas do movimento estudantil, ou suas bienais de cultura e arte, para vermos que a juventude não só permanece organizada, como consegue hoje se organizar sob novas formas, o que ajuda a uní-la ainda.
Mesmo sem ter seus direitos respeitados, a juventude sempre está disposta a dar opinião, a se mobilizar. Um caso recente mostra isso claramente: Depois do crime cometido com a participação de menores em que uma criança foi arrastada por um carro pelas ruas do Rio de Janeiro, setores mais conservadores da política nacional decidiram reviver a discussão da redução da maioridade penal. No que que deu? A juventude organizada se declarou contra e a proposta foi rejeitada. Como um movimento morto pode vencer até mesmo o que já era dado como aprovado pela opiniãopública?
Mas se a batalha foi vencida, não significa que a guerra tenha assegurado o mesmo resultado. É preciso pôr a juventude em movimento cada vez mais e é preciso rediscutir as formas de fazer isso.
É preciso mais políticas