Juventude e participação política
Afinal, em que dimensão política se situa a juventude? A dimensão do vanguardismo, isto é, da iniciativa de tomar a frente os questionamentos gerados pelas contradições sociais, ou a dimensão da apatia, isto é, da desmotivação que permita a efetiva e transformadora participação política? Responder esta problemática é fundamental, afinal, observar a juventude é uma ação de prever o comportamento da humanidade nas próximas décadas.
Mas pode também ser possível que a juventude, enquanto setor capaz de contribuir decisivamente para os resultados das instâncias políticas da sociedade, se situe entre essas duas dimensões. Historicamente, de tempos em tempos, a juventude, motivada pelas tensões sociais existentes, questiona sua condição de vida presente e seu próprio futuro. Isto desagua em grandes mobilizações capazes de derrubar ditaduras e fazer recuar os gerentes do sistema político-econômico hegemônico.
O papel da juventude enquanto vanguarda política é brevemente exposto através de exemplos espalhados por todo mundo. E o inverso também. A aversão à política, a preguiça de pensar e agir e a falta de consciência do ato político mais importante (aquele construído nas ruas) nos mostram a dialética da questão.
Por outra perspectiva, a crise com o regime democrático representativo é abordada pela sua decisiva consequência na política brasileira. O povo e a juventude, em particular, não se sentem representados por um Congresso Nacional cuja cor, sexo, faixa etária e profissão destoam da maioria da população brasileira. A que se deve esta distorção? Qual a consequência disto no questionamento à qualidade da nossa democracia. Junho de 2013 nos mostra que um grande setor da juventude não quer mais outorgar seu futuro às mãos de quem exerce a atividade política com outras finalidades, que não a busca incessante pelo bem estar social.
1. A JUVENTUDE: MOTOR DAS TRANSFORMAÇÕES DO MUNDO
Não é possível lançar olhares sobre um determinado grupo social de