judaismo
Ao contrário do que muitos imaginam, a celebração dessa festa não acontece no exato mês do calendário judaico em que o ano se reinicia. Na verdade, o Rosh Hoshaná, por conta de sua dimensão simbólica, é comemorado no primeiro dia do Tishrei, o sétimo mês do calendário. Nesse tempo, o sentido de renovação entre os judeus não se limita a reconhecer e refutar os antigos pecados. No Rosh Hoshaná o judeu desenvolve o seu livre arbítrio ao realizar as escolhas que podem transformar o seu proceder.
A realização dessas escolhas pessoais abre um vasto campo de dilemas que podem determinar a escrita do nome do seguidor do judaísmo no chamado “Livro da Vida”. Não por acaso, ao longo dessa festividade, os judeus cumprimentam uns aos outros realizando votos de que o seu próximo ano tenha seu nome escrito e selado nesse livro de dimensão simbólica. Paralelamente, os judeus aproveitam a data para relembrar o sacrifício de Abraão e a importância de se subjugar os desígnios divinos.
Entre os ritos desenvolvidos nessa ocasião, o toque do shofar é o que melhor abraça as diferentes dimensões desse momento festivo. Sendo um instrumento em forma de chifre de carneiro, o shofar relembra o animal que foi posto no lugar do primogênito de Abrão para a realização de uma oferenda a Deus. Além disso, tem a importância de relembrar que Deus é aquele que reina entre os homens. O entoar de seu som seria a mensagem que desperta a alma dos judeus para essas importantes questões de fé.
Reunidos em uma sinagoga, os judeus