João Ubaldo Ribeiro - Democracias (Resenha)
TEORIA POLÍTICA MODERNA E CONTEMPORÂNEA
NEYLANE NAUALLY SOUZA FERREIRA
RIBEIRO, João Ubaldo. Democracias. In: RIBEIRO, João Ubaldo. Quem Manda, Por que Manda, Como Manda. Cap. 9, P. 58-62. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998. Disponível em http://www.portalamm.org.br/. Acesso em: 3 set. 2014. O que realmente é democracia? O texto começa com o autor nos fazendo pensar sobre a ambigüidade da palavra democracia, exemplificando que existem Estados onde a liberdade e o grau de participação da população são extremamente diferenciados, porém ambos se declaram praticantes da democracia. Se procurarmos pela resposta dessa pergunta através de Estados que se intitulam democráticos, é uma quase certeza que ficaremos sem uma resposta satisfatória. Apesar da forte intenção de prevenção do abuso de poder e garantia da presença de uma democracia, a divisão de três poderes separados não assegura nada disso completamente, características essas que assegurariam uma democracia – o governo do povo, mas sabemos bem que o que está no papel é bem diferente do que a realidade nos apresenta. O autor usa a Inglaterra como exemplo de um Estado democrático onde não existe da tripartição de poderes, mas a democracia funciona. Mas e as eleições? Elas asseguram que ao menos a escolha dos nossos representantes no governo é democrática, certo? Não. Existem diversos meios que podem tornar uma eleição desleal, o que faz das eleições nada mais que uma encenação bem ensaiada para que uma ditadura seja mascarada de democracia. O autor esclarece que seria sim possível uma democracia sem eleições ou ao menos com um número bem reduzido, onde o povo falaria por si só, sem a necessidade de eleger representantes. Então, existe salvação para o nosso sistema democrático? Sim. Onde a soberania popular seja realmente exercida e decisiva. Vale lembrar que o conceito de democracia possui vários tons, fazendo com que existam várias democracias, algumas melhores,