Jovens e as manifestações
Os jovens se sentem frustrados por não verem concretizadas soluções prometidas de mobilidade urbana, anunciadas desde a confirmação do Brasil como sede da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.Boa parte das obras prometidas não aconteceu. A educação de qualidade, fim do preconceito e oportunidades de trabalho do que as pessoas mais velhas também são temas abordados por eles. Além disso, questões como melhorias nos transportes, liberdades políticas e acesso a telefone e internet também foram mais lembradas entre os mais novos E com aumento da passagem, adianta melhorar obras de infraestrutura, se a população não consegue usar esse serviço? A luta pela mobilidade urbana é uma luta pelo direito à cidade Apesar da melhoria de renda e do crescimento da economia, os brasileiros não têm a contrapartida pelos impostos pagos e se frustram com serviços públicos ineficientes, em especial de saúde, educação e segurança.A participação de jovens nas mobilizações mostra o papel relevante dessa faixa da população no aperfeiçoamento da democracia.
Vivemos um momento paradoxal. Muitos jovens estão saindo às ruas sem saber por que protestam. Falta liderança nesse tipo de movimento. E muitos manifestantes agem como moleques mal educados que reivindicam mudanças sem, de fato, sentirem-se parte importante dessa imensa engrenagem. As lutas travadas entre manifestantes e policiais refletem a falta de conhecimento da população sobre seus direitos e deveres. Os governantes mostram sua inabilidade política ao combater frases de efeito moral com bombas de efeito moral. Da mesma forma, manifestantes tapam o rosto e aderem à causa não por interesse social ou idealismo, mas por puro desejo de extravasar seu ódio e depredar o patrimônio público. Veremos universitários filhinhos de papai promovendo vandalismos e ocupando espaços públicos de forma violenta; veremos marginais aproveitando a oportunidade para atacar pessoas inocentes e veremos muitos jovens