Juventude e Política
Dentro de um conjunto de circunstâncias históricas onde a maioria das pessoas estão desanimadas com a política, é incontestável que os jovens também dividem dessa percepção. Mas o que é política para os jovens? Em pesquisas realizadas¹ com jovens sobre este tema notar-se que, ao falar de política, a maioria afirma que não gosta. A palavra política se associa a governo, a partidos... Ao explanar esta noção de política para a idéia de participação pública e coletiva, creio que muitos jovens não só gostam de política como têm uma forte participação inclusive maior do que em qualquer outro circulo social.
A participação dos jovens na vida pública de sua cidade/Estado/ país é fundamental, afinal, como parte de uma sociedade, ele tem responsabilidade sobre a direção que esta sociedade vai tomar. Deixa-se claro que isso não é responsabilidade apenas dos jovens, mas de todos. Às vezes joga-se nos ombros da juventude toda a responsabilidade pela modificação da sociedade. Existe a opinião de que, por serem jovens, os atos políticos idealizados por eles, sempre serão bons, pois visualizam o futuro, existe a esperança do novo, do moderno. Porém existem jovens políticos que possuem a mesma postura política de seus pais, ou avós.
Ao falar do tema da participação, não se ignora o conteúdo ideológico, não basta apenas a participação do jovem, mas como se dará esta participação e qual formação este jovem tem.
A primeira vez os adolescentes, entre 16 e 18 anos, puderam participar diretamente de uma eleição foi no ano de 1989. Durante a década de 80 tornou-se comum a participação de jovens nas campanhas eleitorais estaduais e municipais fazendo “boca de urna”. Estavam ligados principalmente aos partidos de esquerda. Esses jovens voltavam a participar da vida política do país, depois de o radicalismo do movimento estudantil, da década de 70, ter provocado um distanciamento da maioria da juventude.
O direito de voto a adolescentes foi garantido pela