Jovem
Subvertendo o Conceito de Adolescência (Artigo, 2005, 11páginas), escrito por Cecília Coimbra; Fernanda Bocco; Maria Livia do Nascimento traz uma crítica ao conceito da adolescência na contemporaneidade, tratada no contexto desenvolvimentista como período universal. As autoras veem o termo adolescente como algo taxativo ou ainda de uma manobra da sociedade para rotular e enquadrar os jovens afins da padronização para fins, principalmente de consumo. Destacam ainda que fazem trabalho com jovens infratores e que foi a partir dessa vivencia que resolveram pensar no assunto
No artigo são feitas análises sobre o princípio desenvolvimentista, destacando que a adolescência, segundo esse princípio, aparece como um objeto acentuado de atributos e que mudanças hormonais e físicas causam características marcantes nessa fase. Na opinião das autoras o termo jovem no lugar de adolescente é preferível, pois abrange um público amplo sem enquadra-los em possíveis características típicas de alguma faixa etária. Segundo elas tais características seriam “qualidades” e “defeitos” individuais independentes da idade, dizendo ainda que cada ser é único e possui uma personalidade única.
O artigo traz também uma questão importante que fala sobre a ECA (Estatuto da criança e do Adolescente), enfatizando a importância da legislação como um instrumento contra as campanhas conservadoras que são a favor da redução da maioridade penal. A pesar de não concordar com o discurso ajustado a noção de adolescência como período universal, reconhece sua importância e contribuição para a sociedade.
As autoras destacam os pontos que embasam o pensamento desenvolvimentista, sendo que um dos argumentos é que o sujeito seria guiado pela consciência e que esta vai se aprimorando nas diferentes etapas do desenvolvimento, trazendo um conhecimento maior sobre si e sobre o mundo. Outro ponto seria que na fase da “adolescência” é que se constitui a identidade do sujeito, sendo a fase das