José Carlos Reis. História: Entre a filosofia e a ciencia. Fichamento
TEORIAS E MÉTODOS
Larissa Prestes Silva
REIS, José Carlos. A história, entre a filosofia e a ciência. São Paulo: Ática, 1996, p. 55 á 92.
A escola dos Annales seria um paradigma (lendo-se paradigma segundo a concepção de T. Kuhn: como um conjunto de ideias (que para ele são similares) de um determinado contexto), uma continuação de ideias antigas (herdada dos positivistas da escola metódica) ou não apenas um, mas um conjunto de novos paradigmas? É essa a questão que José Carlos Reis busca responder no decorrer da primeira parte da sua análise acerca da história da escola dos Annales;
Reis apresenta então a resposta de diversos autores (alguns da própria escola dos Annales) á essas questões;
Alguns dizem que os Annales criaram um novo paradigma, outro (Braudel) diz que Marc Bloch e Lucien Febvre (precursores dessa escola) não tinham a intenção de criar um sistema de pensamento inédito para se pensar a história (um novo paradigma), apenas quiseram fazer uma “troca de serviços” entre história e ciências sociais e um não acredita em um único paradigma, mas em vários;
Independente da resposta o autor vai dizer que a escola dos Annales pode ter passado por diversas mudanças no decorrer das suas três gerações, mas sempre manteve um “programa” que nascera junto com os seus criadores, que se constituía de: interdisciplinaridade, mudança dos objetos de pesquisa e mudança no conceito de tempo;
Na segunda parte da análise o autor busca entender como se dá essa interdisciplinaridade (entre história e ciências sociais) proposta pelos Annales.
Segundo Reis, em um primeiro contato da história com as ciências sociais, a última enriqueceu o discurso dos Annales: “E, de fato, de 1929 a 1970, as relações com essas ciências trouxeram resultados mais significativos para a história (1996, p. 66)”. Entretanto, atualmente essa mesma interdisciplinaridade teria fragmentado o discurso histórico de tal forma que ambos os campos (história e ciências sociais)